Um funcionário público brasileiro de 66 anos cria abelhas mandaguari e tem defendido o seu potencial, ainda pouco conhecido, mas que começa a despertar mais interesse naquele país.
Luiz Lustosa dedica o seu tempo livre à reprodução de abelhas nativas, actividade que desperta cada vez mais interesse no Brasil pelo seu potencial na alta gastronomia e uso muito incipiente na indústria de cosméticos e no desenvolvimento de remédios.
Presidente do Instituto Abelha Nativa em Brasília, Lustosa começou a trabalhar na reprodução de seis espécies quando percebeu, com outros pesquisadores, que elas estavam em extinção.
“Explicamos às crianças que as abelhas não picam. Elas são necessárias para o meio ambiente e a natureza e estão aqui para nos ajudar”, refere Lustosa numa entrevista.
As abelhas nativas popularizam-se além dos territórios indígenas e quilombos, onde os seus benefícios foram aproveitados historicamente. Embora o interesse tenha crescido durante a pandemia, com mais adeptos da criação caseira como hobby, ou para contribuir para a preservação, as abelhas nativas são um tesouro pouco conhecido no país.