Esta semana, a Selajahfary entrevistou os Wood Strong Roots, o colectivo composto por Jotah Roots e Smokalote.
Para os nossos leitores que talvez não vos conheçam tão bem, quem são os Wood Strong Roots?
Os Wood Strong Roots é composto por mim Jotah Roots (João Pedro) e Smokalote (Helder Cesar), somos dois selectas do Barreiro e tocamos apenas com vinil, Roots Reggae é a nossa escolha para trazer boas vibrações e a mensagem a todo massivo.
Quando e como é que tudo começou?
Tudo começou em miúdos, somos amigos desde os 6 anos e sempre tivemos gosto pela música, e desde novos queríamos fazer algo juntos. Passámos por vários estilos musicais, mas havia um sempre em comum e que nos acompanhava desde muito novos, que era o Reggae.
Em 2010, numa festa que fizemos para amigos, combinámos e juntámos tudo o que tínhamos na altura e tocámos cerca de 14h de Reggae nesse dia, tive quatro dias sem ouvir música, mas valeu a pena, pois foi aí que começou este projecto: Wood Strong Roots.
Como surgiu a vossa ligação ao reggae?
A nossa ligação ao Reggae começou muito cedo, eu comecei por ouvir Peter Tosh com 8 ou 9 anos e depois mais tarde, aí aos 10 anos com Bob Marley, tenho irmãos mais velhos e fui habituado a ouvir muita coisa diferente, o Reggae na altura estava lá também. O Smokalote penso que foi o pai que ouvia em casa e foi entrando no ouvido desde muito novo.
Desde muito cedo e por gostarmos tanto de música, aprendemos a diferenciar os vários estilos musicais que existem e sabíamos o que era Reggae e outros estilos. Penso que posso falar pelos dois, o Reggae sempre nos acompanhou nas nossas vidas desde então, em várias alturas da nossa vida podia ser o que não ouvíamos tanto, mas esteve sempre presente, tanto que em miúdos já tentávamos acompanhar os eventos que existiam em Lisboa e fomos a muitos. Depois, mais tarde, o Reggae tomou o controle de tudo [risos].
E como é que surgiu a ligação entre vocês?
A nossa ligação começou, como já referi, aos 6 anos, na 1º Classe na Escola. E moramos no mesmo bairro, crescemos juntos.
Onde é que costumam tocar mais?
Temos o privilégio de rodar discos muitas vezes no melhor Bar de cocktails do Seixal, A Falua – Bar Lounge. É onde nos sentimos em casa, a vibe lá é sempre muito boa, um sítio bonito, com vista para o rio e muito agradável para estares a beber um copo, ou comer uma tosta (que são muito boas) a relaxar, com Roots Reggae de fundo.
O que querem transmitir com as vossas actuações?
Queremos acima de tudo trazer boas vibrações e espalhar a mensagem de Jah. Que quem nos ouve, tenha um momento de tranquilidade e paz e que sinta as boas vibrações a entrar no corpo e alma, com o poder do Reggae.
Como preparam cada actuação?
Nós não preparamos cada actuação, claro que fazemos as escolhas dos tunes que queremos levar, mas é tudo pela vibe que estamos a sentir no momento, até acabamos sempre por levar discos a mais [risos]. E como nas nossas actuações tocamos ao mesmo tempo, cada um no seu prato, tipo sound clash, vamos muito pela atmosfera criada no momento.
Quais são as próximas datas que já têm agendadas?
Próximas datas agendadas, temos dia 30 de Abril no Barreiro, no espaço Gasoline, uma festa que vai ser muito pesada, num evento em que muitos da família do Reggae em Portugal se juntam para angariar fundos para ajudar o nosso General Toy Kool a erguer o espaço do grande General Ras Damula, que infelizmente foi destruído. A não perder a todo massivo.
Depois, já existem algumas datas, mas depois iremos anunciar, é seguir aí a nossa página Wood Strong Roots no Instagram e Facebook, que vamos dando notícias sobre mais umas datas.
Têm uma mensagem para os nossos leitores?
Uma mensagem de tranquilidade para todos, com boas vibrações e que apoiem o Reggae Nacional, temos tanta coisa boa a ser feita em Portugal, em todas as áreas e vertentes do Reggae, desde produtores, bandas, sound systems, sounds, Mc´s e seja no Roots, Dancehall, New Roots, existe para todos os gostos. É o massivo aparecer nos eventos e apoiar a família, todas as tribos são sempre bem recebidas.
Alguma coisa que queiram acrescentar?
Queremos apenas agradecer em primeiro o convite para esta entrevista, para podermos apresentar um pouco mais o nosso projecto e por todo o trabalho que a família Selajahfary tem feito pelo Reggae em Portugal e que continuemos todos nesta jornada, fortes e unidos.